domingo, 11 de dezembro de 2011

LUA

A margens de um céu estrelado olhavam deslumbrados olhos pro céu; era a primeira vez que aqueles cabelos longos e ruivos sentiam o que a Lua queria dizer...Então daquela imensidão azul de seus olhos correram lagrimas de felicidade, e tais lagrimas fundaram seu coração, lapidaram suas novas emoções e esculpiram angelicalmente seu sorriso.
Se tornara a cada piscar e descer de lagrimas, magnificamente, a semelhança humana do fascínio lunar (pelo menos aos meus, humanos olhos!).
Eu via delicadamente aquela menina correr pelos campos, se esconder dos espantos e cantar certos enganos. Eu a observava de longe, mesmo que de perto, e nunca escondi a precisão e força daqueles olhos apertados no meu peito, da imponência do encaracolar de seus cabelos vermelhos de paixão... nunca escondi pra mim o como rezava baixinho aos deuses( a lua) pra um dia conseguisse me tornar o que faria daquele ser divino e puro parte de mim... Eu me tornava egoísta e prepotente quando o assunto era ela, seu bem-estar, seus sonhos... me tornava prepotente quando olhos a cercavam e a maltratavam.

Então do passar da noite em claro, vendo-a crescer e se tornar cheia como a lua polarizada: suas variações me variaram, suas forças me mudaram, suas marés me cercaram como cercam um barco peixeiro mal cuidado e velho... me vi entregue aos importunos do sol, aos desleixes de Deuses humanos. Enquanto meus olhos continuavam a cerca-la, a quere-la, a ama-la de longe – sonhando com o dia que o sol iria dormir novamente, e cheia, magnifica e completa, a lua reinaria por mais um ciclo no céu, nos mares e no coração dos habitantes da terra...

O lua lhe peço atenção, lhe desejo o coração, guardá-lo-ei separado do mal moderno, da descrença humana contemporânea, dentro de mim deixar-te-ei protegida com amor e romantismo e só isso posso lhe prometer, só isso posso lhe dar; deixando claro aqui que serei teu enquanto meu coração bater por teu nome e por tua segurança...

Mesmo que longe, continuarei perto!

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