segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Em simples Partilha

contanto que os segredos se guardem
minha cabeça devolve sem partes
que as memórias cortaram de mim
segregaram a felicidade em fim

partilhando desejos sonhados
cabelos compridos, sonhos roubados
compartilhando mentiras
desejando que fossemos em simples partilha

minha voz diz não querer sair
sai e sai pra mentir
sobre as horas que meu sorriso sorri
ou os tombos que fingi cair

partilhando desejos sonhados
cabelos compridos, sonhos roubados
compartilhando mentiras
desejando que fossemos em simples partilha

Sou um vela apagando no escuro
como um desejo que se perde ao ver o futuro
uma luz sombria e perdida
como uma vibração sem som, sem vida.

partilhando desejos sonhados
cabelos compridos, sonhos roubados
compartilhando mentiras
desejando que fossemos em simples partilha

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

nossos 'enquantos'

enquanto as ruas varrem-se para definição
defino-me como oposição
dado instante o qual fui descoberto
concreto, instante concreto!

enquanto as ondas borbulham ao sol
solidificam-se em gelo
num momento de devaneio:
esqueço...

partiram-se em pedaços
pedágios mal pagos e cobrados
que utilizados pro nada
certos ficam quando comprados.

enquanto leio minha mente fajuta
fujo da luta,
fujo da briga e da disputa
mais uma carta lançada, e dessa vez,
sem conduta!

domingo, 11 de dezembro de 2011

LUA

A margens de um céu estrelado olhavam deslumbrados olhos pro céu; era a primeira vez que aqueles cabelos longos e ruivos sentiam o que a Lua queria dizer...Então daquela imensidão azul de seus olhos correram lagrimas de felicidade, e tais lagrimas fundaram seu coração, lapidaram suas novas emoções e esculpiram angelicalmente seu sorriso.
Se tornara a cada piscar e descer de lagrimas, magnificamente, a semelhança humana do fascínio lunar (pelo menos aos meus, humanos olhos!).
Eu via delicadamente aquela menina correr pelos campos, se esconder dos espantos e cantar certos enganos. Eu a observava de longe, mesmo que de perto, e nunca escondi a precisão e força daqueles olhos apertados no meu peito, da imponência do encaracolar de seus cabelos vermelhos de paixão... nunca escondi pra mim o como rezava baixinho aos deuses( a lua) pra um dia conseguisse me tornar o que faria daquele ser divino e puro parte de mim... Eu me tornava egoísta e prepotente quando o assunto era ela, seu bem-estar, seus sonhos... me tornava prepotente quando olhos a cercavam e a maltratavam.

Então do passar da noite em claro, vendo-a crescer e se tornar cheia como a lua polarizada: suas variações me variaram, suas forças me mudaram, suas marés me cercaram como cercam um barco peixeiro mal cuidado e velho... me vi entregue aos importunos do sol, aos desleixes de Deuses humanos. Enquanto meus olhos continuavam a cerca-la, a quere-la, a ama-la de longe – sonhando com o dia que o sol iria dormir novamente, e cheia, magnifica e completa, a lua reinaria por mais um ciclo no céu, nos mares e no coração dos habitantes da terra...

O lua lhe peço atenção, lhe desejo o coração, guardá-lo-ei separado do mal moderno, da descrença humana contemporânea, dentro de mim deixar-te-ei protegida com amor e romantismo e só isso posso lhe prometer, só isso posso lhe dar; deixando claro aqui que serei teu enquanto meu coração bater por teu nome e por tua segurança...

Mesmo que longe, continuarei perto!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

e a Mim somente

comigo nasceu uma nova instituição
borbulhando de idéias fragmentadas
compondo, como Homero, as trajetórias épicas
as soluções cantadas da vida

proponho a mim, e a mim somente
que se limpe o passado - sem esquece-lo- e siga em frente
proponho a mim, e a mim somente
que a as escolhas se tornem claras em minha mente

tatuado o corpo merece exalar
merece mostrar-te que não se precisa somente de ar
o ar é dos elementos o mais fácil de achar
o mais simples de rimar, o mais importante pra cantar

proponho a mim, e a mim somente
que se limpe o passado - sem esquece-lo- e siga em frente
proponho a mim, e a mim somente
que a as escolhas se tornem claras em minha mente

dito o que disse sobre o ar e sua importância
nada importa, contudo, se não for de relevância
pode parecer ambíguo e paradoxal
pode parecer amigo e terminar mal

proponho a mim, e a mim somente
que se limpe o passado - sem esquece-lo- e siga em frente
proponho a mim, e a mim somente

domingo, 27 de novembro de 2011

entre os Deuses e o entender

é bem nitido isso,
encaracolados eles deviam estar
é bem nitido isso,
mas pra quem poderemos falar?

o mundo sapateia em decisões precipitadas
vejo claramente o que esta aqui
mas quem vai ver o que se deu de mim?
posso ver claramente, mas porque não há de sumir?

é bem nitido isso,
encaracolados eles deviam estar
é bem nitido isso,
mas pra quem poderemos falar?

sera brincadeiras de Cronus?
titãs devolvam-me as botas
sou de nada servente sem elas
não posso mais dizer-te isso, precisas ver

é bem nitido isso,
encaracolados eles deviam estar
é bem nitido isso,
mas pra quem poderemos falar?

os Deuses parecem se zangar
rodear, complicar, festejar, parecem ajudar
mas isso é tão nitido, como podes não ver?
seras escolha tua não entender?

é bem nitido isso,
encaracolados eles deviam estar
é bem nitido isso,
mas pra quem poderemos falar?

domingo, 16 de outubro de 2011

Nosso particular

estupendo barulho imaginario
cala-me-ei ao lembra-te desprotegida
lembrar-te-á de como ficava linda
nas roupas caidas e um toque suado, suave

calarás minha angustia com o descer da pose
tirando os saltos e ao poucos pouse
pouse sua cabeça nesse travesseiro longe
e relaxe nesse canto louco dos monges

lembres de como ficava envergonhada
como suas maçãs da face vibravam
como o suar lhe causava arrepios graves
e o tesão te abria as pernas molhadas

tento-me não perder nos pensamentos
sinto uma nostalgia profunda crescendo
e te prendo no mais protegido lugar que conheço:
nas memorias de ter-te sem tormento

lembro de tuas pernas caidas
de tuas mãos tremulas e tranquilas
dos opostos do seus olhos feridos
e meu tesão pareceria ter te consumido

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Noite, sem demoras!

querer-te-ei menina de alma pura
pura alma insegura
que olha do olhar em ternura
a fonte mais doce de sensura

um olhar que te diz ser real
te mostra que é bonito ser cultural
que é aventureiro continuar-te insana
enquanto a vida te força a ser cada vez menos humana

quão hipocrita seria dizer
que te olho e me sinto sorrir?
quão belo seria dizer
que quão mais eu te vejo, mais te desejo sentir?

é perfeito viver-te em horas
em desejar-te sem demoras
é perfeito saber que amanhã, sem demora, vou ter-te em braços
te amar, te ver gemer, te ver me querer em retalhos

domingo, 25 de setembro de 2011

Um fruto de todo "ão"

quero colocar seus olhos na ponta da minha mão
para que eu possa aprender a equilibrar-te em emoção
quero poder aguardar esconder-te na palma da mão
e assim levar-te com segurança ao meu coração

numa conchinha feita com a razão
coloco-te protegida de minha paixão
e assim permaneço rimando um sim com o não
quem sabe, com isso, transpareço somente coesão

vou mandar levantar um castelo ou então um corrimão
tudo que possa nos ajudar a enfrentar a imensidão
conheceremos um mundo em busca de solução
mas a verdade é que só acharemos uma diversa sensação

numa conchinha feita com a razão
coloco-te protegida de minha paixão
e assim permaneço rimando um sim com o não
quem sabe, com isso, transpareço somente coesão

tudo o que faremos é buscar coração
buscar amor, ódio ou explicação
pra coisas sem sentido, sem conclusão
e inventamos nomes pra esse vazio, chamando-o de solidão

numa conchinha feita com a razão
coloco-te protegida de minha paixão
e assim permaneço rimando um sim com o não
quem sabe, com isso, transpareço somente coesão

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O sempre desistir antes de viver

cantei as dores de um amor que não senti
senti as dores de um amor que não vivi
e agora tento lembrar de um amor em que existi
mas só lembro das dores que chorei pra ver partir

fui brincando entre a realidade de ter e não ter
fui admitindo a possibilidade de te perder,
mas quando veio a necessidade de contigo viver
procurei o caos antes de procurar por você

toda a possibilidade de um viver em harmonia foi voando
agora penso em viver essa vida cantando
cantando todas as possibilidades de um novo caminho
e quem sabe assim reencontro com meu destino

fui brincando entre a realidade de ter e não ter
fui admitindo a possibilidade de te perder,
mas quando veio a necessidade de contigo viver
procurei o caos antes de procurar por você

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O sufocar de magoas

Quando a vida parecer sufocante
sufoque as magoas numa latinha
dê pro tempo guardar e deixe-a pra vida
e quem sabe elas não deixam de ser minhas?

vou mergulhando nessas ondas de latas,
quer dizer, ondas de magoas
afogadas em latas e palavras

falas simbolizadas da dor
que criam uma complexidade compartilhada
no sentimento mais solitário que o amor
pois não é sentido por ninguém alem de você

todo esse ardor sufocante vai se exaltar
liberar no ar o vazio de pensar
tentando criar conceitos, estabelecer um lugar
uma hora, uma idade e dizer o que é vontade

Nesse marketing imposto pela vida
onde o desejo virou mais do que comida
o desejo é ter tudo e controlar toda partida
partida de um jogo solitário que se chama alegria
procurada no mais fundo caos da agonia.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A união de mentes fajutas

Já vem crescendo as plantas dessa imaginação
vem crescendo em ramos, fortes, sem necessitar de razão
uma flor brota da naturalidade da vida
brota da felicidade e harmonia contida

e como a planta eu vou escrever
pra ver se você entende o que é crescer
o que é compor quando o assunto é você
as palavras brotam nesse vaso, achatado, do meu querer

buscam essa melodia conjunta
surgida de uma dor, de uma letra, uma musica
surgida da união de duas mentes fajutas
que juntas se tornam uma

e como a planta eu vou escrever
pra ver se você entende o que é crescer
o que é compor quando o assunto é você
as palavras brotam nesse vaso, achatado, do meu querer

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Do azul, céu ao olhar

Permita-me a delicadeza de dizer
sem rodeios o que vim te dizer
mesmo sem certeza do que é dizer
seus olhos são mais lindos do que a certeza de viver

esse azul cristalino que imita o céu
as ondas mais límpidas que vivem ao léu
compõem em melodia a certeza do véu
que darei pra ti quando tornares a ter tal papel

és minha musa, agora, sedutora
com seus olhos de mar e céu, gladiadora
dedico-lhe todo meu possível amor
me torno passível a todo seu intimo e vasto ardor

deves me rir quando ler tal pedaço de loucura
da insanidade veio a ternura, pois saiba,
mais louco do que a loucura só o amor
Que invade devora e maltrata toda classe, toda cor

sem preconceito ele arrasta todo o corpo
sem escolha devora-te os olhos
sem razão respira-te teu já escolhido ar
e mesmo sem dor pensas em chorar

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

o canto do sabiá

Marcarei o passado pra poder passar
delimitarei as linhas por onde escrever
mas é verdade que nunca sigo o que quis
sempre peço a mim mesmo um motivo de bis

tento me adestrar como arma
mas sempre me armo uma armadilha
e perco-me em meio a feridas
entregue aos pássaros da minha vida

os corvos que comem meu pensamento
os urubus que invadem meus medos
mas o sabiá, que me diz que eu sei cantar
é o sabiá que me diz o necessario pra recomeçar

Capitalismo Inatural

Um barco navega nesse mar de oceano salgado
salgando os olhos de quem vislumbrado olha pra frente
como sem pensar em nada, limpa os olhos e a mente
e agora segue recheado de cor, sal e de presente

Um ato simples de cordialidade da natureza
um ato de amor, de carinho e de proteção da beleza
uma foto, uma razão, um ar de perdido em imensidão
pra nos mostrar que só somos parte de um todo sem razão

Vivemos a busca da paz e da inspiração
procuramos lucro e dinheiro como explicação
morremos atolados de preocupação
e descobrimos que o dinheiro não traz conforto e nem proteção

O dinheiro traz inveja e acumulação
traz falta de respeito e imposição
mata, maltrata, molda e cria corrupção
invoca, apavora, procria discriminação

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A QUEBRA DE PAPEIS NO ÂMBITO FAMILIAR

Neste texto pretendo fazer uma análise acerca da quebra de papeis na família, isto é, procurarei, através de exemplos, analisar como dentro de uma família um dos membros desconstrói seu papel e com isso modifica os “laços” anteriormente estabelecidos; porém, antes disso, citarei Marx e seu conceito de família burguesa ocidental para assim poder explicar como ocorre a quebra descrita.
Segundo Marx (1848) a família burguesa é uma instituição voltada para a acumulação individual de capital, onde os filhos são educados em casa, com seus próprios costumes e crenças para assim continuarem a propagar a individualidade e o nome de cada família. Dentro de tal instituição, cada membro tem um papel a representar: o filho homem deve continuar os passos do pai, enquanto a filha deve casar-se com um homem forte e imponente, e a mulher (mãe) deve “cuidar” dos afazeres domésticos. Desta forma, podemos perceber que na família burguesa o papel principal é destinado ao homem, ao pai, e a mulher tem papel secundário, portanto trata-se de uma sociedade individualista e patriarcal.
Com base nessa inferência, o texto analisará algumas situações cujo papel de um dos membros da família é alterado. Passo agora a tratar de dois casos específicos: o caso Woody Allen e o de Lolita.
No caso de Allen seu casamento chega ao termino quando Mia Farrow, sua esposa, descobre que ele e sua filha adotiva Soon-Yi mantinham um relacionamento amoroso. Neste caso houve três quebras de papeis: Soon deixa o papel de filha e passa a ter o de mulher, enquanto Woody passa do papel de pai para o de marido e Mia deixa de ser mulher e mãe para ser sogra (consta-se aqui que tal papel não é nem mencionado por Marx). Em Lolita: Humbert casa-se com a Sra Haze mãe de Lolita, mesmo encantado com a filha dela. Ao perceber tal encantamento, lendo um diário, Sra. Haze corre desesperada e acaba morrendo atropelada. Ao fim disso, Humbert vai dar a notícia para Lolita, que estava no colégio interno, e ambos começam uma relação amorosa. Nota-se que existem as mesmas quebras de papel que no caso Woody Allen.
É importante concluirmos, que em ambos os casos há quebra dos papeis no interior da família burguesa, onde, as atitudes das personagens indicam uma mudança de valores dentro dessa instituição.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Meu querer te sentir

A mentira seca minha garganta molhada
e dela tiro a água necessária
para tornar-me fonte de dor salgada
afinal o amor vem doce, mesmo quando maltrata!

Trazido de ambíguo mundo de dor
seqüelas matam meu odor
matam minha fonte de amar, e de receber amor
só quero me vingar do dono, do ator

quero atuar, em vida, mais uma paixão
escolher a dedo o teu coração
deitar-me junto com teu corpo em tesão
dizer em tua boca, respirar tua respiração!

e num golpe de sorte, arrancar um grito
me inspirar no respirar deste gemido
e do minuto seguido secar tua existência
tornando-a minha sem chance de penitência

e para receber o novo sol abrirei-ia os olhos
no travesseiro sentir teus cabelos
e como o vento: o frio do corpo nu,
amar-te-ia mais pra sentir o teu suor.

domingo, 7 de agosto de 2011

Menina

menina, tu sempre foi minha razão
da minha escrita, tu eras a direção,
e afundado numa dor eu permaneci
até entender que com nosso termino eu cresci

menina, olha só minha explicação
tú virastes minha melhor canção
afinal, foi-te a única dona do meu coração
e agora te mando embora, como quando me disses não

"Não, você não me serve mais
achei naquele nosso 'amigo' minha paz
cresci tentando ser muito boa pra ti
mas hoje vejo que sou teu trofeu pra exibir"

E só me resta sorrir
porque do choro você ja me privou
me arrancou do peito o motivo que nos faz amar
e me ensinou, antes de sofrer, o que é se odiar

e disse mais ou menos assim:

"Não, você não me serve mais
achei naquele nosso 'amigo' minha paz
cresci tentando ser muito boa pra ti
mas hoje vejo que sou teu trofeu pra exibir"

sábado, 6 de agosto de 2011

O sentimento e a Linguagem:

Eu a olhei, meio incrédulo, meio cético demais; E ao perceber que olhando pra ela significado algum vinha a minha mente, forcei-me a significado dar.
Afinal como olhar pra tão divina situação e de todas as coisas que passaram por minha mente, nenhuma me trouxe o conceito para aquilo tudo? E nessa indefinição fiquei por longos e longos dias, até que, sem pensar, a vontade de dar significado caiu, mas continuava e só aumentava a vontade de olha-la todos os dias.
E a olhava quieto, olhava por alto sem dizer uma palavra que lhe contasse minhas vontades e minhas indefinições, alguns me diziam que eu tinha a incrível capacidade de me deixar apaixonar, e criaram significado pra algo que não havia, e continuava sem haver, entretanto aquela certeza de tais pessoas me fez voltar a pensar no significado disso tudo. E coloquei-me a estudar: Comecei por paixões de romance; Vindo desde fracassos machadianos até amores utópicos da ficção Russa, porem nenhum deles me dizia o porque de ainda não achar o procurado significado, então comecei a estudar linguagem passei por Foucault e Nietzsche, passei por Aristóteles e o principio do simbolismo, então achei o que procurara; O ser humano, enquanto ser, perdeu a essência dos sentimentos e do espanto; A medida que em visualizar as coisas, as imagens e as belezas atribuiu a elas palavras e pré-conceitos.
Sendo assim, achei beleza em não haver significado pra tais acontecimentos e me deixei levar sempre me surpreendendo por cada brecha, por cada sorriso e por cada briga.
Afinal não havia nome pra dar, atitudes a tomar.
Quando estava com ela, só restava há nós dois algo que ao crescer só gerava mais espanto e mais vontade de continuar!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Tentando Mudar

tento surgir de mim um novo ser
e mesmo assim não esqueço de me ouvir
e minha fala se torna tão alta
que minha tentativa se perde em mais uma nova derrota

que mania de amar a mais
de te querer sempre assim, tão demais
nesse escaldante desejo, te tenho, te pertenço. Te esqueço

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O sentimento que derrotou Panaceia

Apolo há de me ajudar a dizer
tudo o que eu senti ao te ver , em mim crescer.
as palavras não seguem mais minha ordem
brotam nessas linhas como flores na terra.

Já lhe disse que tens todo poder
tens a minha decisão e a chance de recorrer
se precisares, com abrupta razão, lhe entrego meu coração
e se ainda lhe faltar certeza daria, também, minha mão

Pode parecer muito piegas, ou até um pouco platônico
a verdade é que eu não vejo mais importância
hoje, me sinto como o plutônio
posso trazer luz com minha energia e guerra com minha inconstância.

E a verdade é que inconstante eu sempre fui
mas algo em mim mudou, e agora a constância flui
não quero aumentar nada, mas esse pensamento invade-me como praga
e a cura pra esse indecisão nem Panaceia criara!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Um beijo perdido e adjetivado

Palavras vão ficando pelo caminho
assim como ficou o caminho que vivemos
e não há nada nesse mundo que me faça esquecer
aquelas horas de devaneio que você me fez viver

parece repetitivo falar de você,
mas a verdade é que eu falo de mim
o que é mais do que claro decair sobre ti
afinal, fez-te parte do meu eu, é clichê, é assim

Hoje, ainda seria absurdo tentar correr,
mas quem não corre de um sofrer
e tenta achar num outro amor, algo pra escapar da dor?
E qual amor, no fim, não vem acompanhado de certa dor?

é engraçado dizer, mas, o fato é que continuamos
vivendo um pelo outro, mesmo sem querer
num contato ardente sem hora ou razão
vivemos longe, mas sempre tentando vingança num imparcial coração

E pra finalizar você precisa saber separar doce de amargo
ao leite ou recheado, o sentimento sempre tem um adjetivo ao lado
só precisamos, juntos, aprender, como faremos pra reverter
o amargo em que sentimos na língua, nessa boca que te beija de forma ambígua

domingo, 12 de junho de 2011

O que se dera dos míopes olhos

Quebraram o vidro da lente
meu olho embaçado maltrata a mente
miopia dissolvia a vista a frente
estava perdido, confuso e doente

O sol clareava um carro na direção
ouvi gritos e estouros perdi a razão
acordei, ainda sem enxergar uma solução
mas agora eu via o que se dera da situação

um corpo esmagado no caixão
uma mãe chorando e também um irmão
vi uma pessoa flutuando na escuridão
e descobri que do meu corpo o espírito virou emoção

e minha mente perdida sem lente
continua vagando doente
a procura de uma cura somente
para poder parar de vagar simplesmente

domingo, 29 de maio de 2011

Janela pra alma

Olhe a alma pela janela
e pela janela chore a morte da bela
pedaço de paixão perdida nessa tela
que foi embora e adentrou as profundezas da terra

Minha parte de calma
uma janela pra alma
meu ponto fraco, isento de mentiras
meu olho áspero e tranquilo

vou, em mi, buscar a teia
que grudenta gruda o grude
um grude de olhos em quem quer te ter
o mesmo ciúmes que grudou e começou a crescer

em determinado momento, o olho
que olha pra dentro de mim
aquele olhar que só há em você
e de tanto olhar, nos olhos, aprendi a sonhar

e quis querer brigar pra vencer
mas toda minha força me levou a perder
afinal, nem sempre quem tenta alcança
e é errado ensinar o inverso a uma criança

Minha parte de calma
uma janela pra alma
meu ponto fraco, isento de mentiras
meu olho áspero e tranquilo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A arte pra mim

a arte que me diz o que fazer,
só nela confio,
só nela procuro abrigo,
meu ombro amigo,

palavras tristes vindas de um rimador barato,
um pseudo pobre coitado,
rico em artefatos,
mas pobre de pedaços,

pedaços perdidos dentro de si,
causas externas relacionadas a ti,
fizeram de mim,
um ser sem fim

procurando na arte a sorte
procurando na sorte um espaço
para ser em fim visualizado
e então, colocar, no lugar, meus pedaços

domingo, 15 de maio de 2011

Um 3 e um Não

te dei 3 motivos e nada mais
3 motivos e uma oferta de paz
3 razões pra seguir-me a mão
deitar em meus braços, você disse: Não!

te dei 3 escolhas, também,
te faria de plebéia a donzela, meu bem!
Se quisesses um cavalo; branco e preto ele seria
para que todos vissem que a cor não importaria.

Então, de 3 formas me magoou:
disse adeus, e um beijo imaginou!
disse ate logo, e o beijo voou!
disse te amo, mas teu amor pra outro entregou!

Para debaixo do tapete

Acelerar distorce o som, as pessoas viram borrões
e as cartas viram bilhetes!
jogando-se um todo e já passado
“pra debaixo do tapete”

acelerar o tempo é perder as horas
de um dia de tédio e açaí com granola
é mandar um amor verdadeiro embora
fingindo que não se importa

Nessa vontade de crescer antes da hora
abrir mão das cores belas de um escolha
buscando viver sem luz, sem palco
ser, somente, mais uma carta no baralho

acelerar distorce o som, as pessoas viram borrões
e as cartas viram bilhetes!
jogando-se um todo e já passado
“pra debaixo do tapete”

sábado, 14 de maio de 2011

Desilusão

Não tem razão, meu violão;
pego, e nele toco mais uma canção
mesmo que ninguém ouça
mesmo sem resposta

Canto um conto que se passou
verbos em devaneios no coração
dizendo que essa a minha explicação
mesmo, meu violão, sendo amigo

Não tem razão, violão;
pego, e nele toco mais uma canção
mesmo que ninguém ouça
mesmo sem resposta

encontro em suas cordas as palavras
que me diriam se soubessem o que sinto
“achando que sofrer é amar de mais”
na verdade sofrer pode ser um momento de paz

Não tem razão, meu violão;
pego, e nele toco mais uma canção
mesmo que ninguém ouça
mesmo sem resposta

nessa historia de melodias
tento achar em harmonias
palavras que componham minha sintonia
mesmo sem ser muito bela me faz companhia

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Platônico

Meu ouvido ao longe capitava uma melodia, como um canto de sábia que abençoava o dia; E nesse clima de poesia nossa história se dá inicio: História a qual; O mal é representado pelas inconstâncias de um vento e o Bem esta na beleza do estourar das ondas de um mar:
Como sempre, insisto em delongar os inicios de minhas prosas, no entanto, dessa vez vou-me numa única linha de pensamento( Apesar de pequenas observações)
Dizem, hoje, que perdeu-se a capacidade de amar verdadeiramente, um “eu te amo” passou a ser como um bom dia e um bom dia passou a ser um- Porque estás há falar comigo? Vai me procurar na esquina!”- Ou seja, dias, realmente, impecáveis, diria: sublimes, para se viver! Nesse clima de carnaval e ironia, duas pessoas se conheceram (Observação de numero um: vocês queridos leitores[será que vocês existem??] devem estar imaginando que vai ser mais uma historia de amor dysnel ou mais um fracasso hollywoodiano , pediria para que continuassem a ler, encarecidamente). Como vinha dizendo, duas pessoas se conheceram, dentre muitas outras que se encontraram e outras tantas que se afastaram. Essas duas possuem uma maravilha em comum, Uma história em nomes, isto é, dois nomes que unidos formam uma história de amor, mas um amor recheado com muitas desilusões, desencontros e tristezas; Seus nomes eram: Yuri e Larissa...( observação de numero dois: Yuri e Larissa são personagens de um filme que se passa na Russia chamado Dr Jivago e vale a pena assisti-lo) e ao som do sábia e as maravilhas de tal história um vento bateu... Mal os dois sabiam que ali começava uma briga da natureza... Alguns mais tardes diriam que é por causa dos nomes, afinal os nomes tendem a um final complicado... Outros diriam que foi um triste acaso da vida; Eu gosto de pensar que foi a história se repetindo.
E naquela tarde ao som do sábia e das ondas batendo o vento fez o encontro se acabar mais rápido, nada que a troca de celulares não conseguisse acontecer... Seria difícil lhes dizer como Larissa chegou em casa, mas como sempre fui muito próximo do Yuri, posso-lhes dizer, um sorriso o domava, na verdade um sorrio o determinava, e foi assim durante o passar da longa ligação, e no fim, junto com o encontro combinado ficava um medo: Sera? Naquela noite eu cheguei em casa no meio da conversa , mas me assustei com as horas gastas pelo meu xará e irmão.. Já que, tal feito nunca ocorrera,( Observação numero três: Já mencionei que o Yuri odiava telefone, não é mesmo?) mas como tinha minhas coisas para resolver a situação nem me chamou a devida atenção... Após a ligação tive uma longa conversa sobre a infância com o Yuri, e nosso tempo de escola- Rimos com algumas conversas de quando tínhamos 15 anos e queríamos ser grandes músicos, esquecendo o fato de nenhum dos dois sermos bons em nada que envolvesse musica.... E, como já era de se esperar, ele me contou o que se passou no dia e o que Larissa o fez pensar e sentir, e de imediato me lembrei do filme dr jivago... passamos a noite vendo-o, e acho que mexi com a ordem natural das coisas!
Após esse primeiro encontro- Sim, eles “ficaram”- Larissa viajou a trabalho para entender melhor como era a situação dos aidéticos na África ( Larissa era médica e pretendia trabalhar ajudando no mundo todo) e o Yuri era formado em Português e Francês, mas tinha aberto um restaurante bem frequentado na cidade, E então passaram-se alguns meses sem os dois se verem, porém algo mais raro ainda aconteceu o Yuri voltou a entrar no msn e os dois conversavam todo o dia- O que me lembrava mais o filme e um pouco de “Faroeste Caboclo” do legião urbana, sempre que eles se falavam e o Yuri abria um sorriso envergonhado e me xingava...
Diria a vocês que foram-se mais 5 meses nessa história, mas seria imprudente afirmar( risadas) tempo nunca foi o meu forte, afinal!
E então, como sempre no meu carro, Yuri foi buscar Larissa no aeroporto, e botaram a conversa em dia – Não sei porque, já que eles se falavam todo dia- durante uma semana, o restaurante ficou em minhas mão ( como se eu não tivesse mais nada o que fazer) e Larissa resolveu não pegar os plantões que a esperavam!( Eles juram que era invenção minha, mas nada me faz acreditar o contrário: o yuri voltou mais magro daquelas “férias”) mas o sorriso que eu virá naquela conversa de telefone quase um ano antes o derrubava novamente; E meu caro amigo, eu juro, que ficaria feliz em dizer-vos que a história terminou assim, mas, um outro forte vento os encontrou, o nome desse vento? Passado... Uma namorada pra dizer a verdade e um ciúme, ou talvez, um erro do Yuri fez Larissa viajar, e o msn erá todo dia novamente conectado, mas respostas não vinham... Até que com 6 meses de solidão Yuri se casa com o passado, quer dizer com a ex namorada! Mas ao passar de um ano o telefone toca, Meio atordoado digo a Larissa que Yuri havia se casado e devido a isso se mudar fora questão de tempo, havia fechado o restaurante e aberto um maior na zona sul da cidade... Pensei ter ouvido um engolir em falso e o chiado do telefone, um até logo sorridente a linha me trouxe e então... Um mês depois Yuri me aparece com malas em casa, o passado havia feito meu amigo se estourar em remorso e irritação, e então contei da ligação perdida , das palavras tristonhas e do até logo seco. Pensei que isso de certa forma fosse ajuda-lo, mas uma lagrima acompanhou o pranto!
Clichês sempre me incomodaram, na verdade, sempre os achei necessários, mas isso não tira a parte de monótono deles, só que esse caso não era clichê, era piegas um estabeleceu no outro o padrão, um não entendi um novo romance se não fosse no outro, e então, me usando como pombo correio, Os dois “pombinhos”(risadas, trocadilho péssimo o meu) voltaram a se encontrar e dessa vez eu também não posso dizer que viveram felizes para sempre, porque ao terminar com o passado Yuri perdeu um dos investidores de seu restaurante e uma crise financeira se estabeleceu, costumo dizer que esse fora o tornado de sua relação, pois mesmo feliz de estar com a Lara (apelido de Larissa) uma depressão se tomou nos olhos de Yuri. Uma depressão tão fundo que Larissa não aguentou, e como era a sua brilhante forma de “fugir” dos problemas, uma viajem foi marcada; Até hoje não sei como meu amigo conseguiu viver com isso tudo, seu amor partindo, seu trabalho se perdendo... Mas então uma luz surgiu, no meio a tristezas Yuri voltou a escrever, e seu blog fez tanto sucesso que com o dinheiro de patrocinadores ele conseguiu recuperar o Restaurante, mas não a felicidade a conta do msn já havia se perdido o numero do celular se fora com o tempo e o sorriso continuava ali, perto, mas tão frágil quanto uma brisa do oceano.
Vou deixar claro, não foi um câncer nem um acidente de carro e caso queiram parar de ler antes de ouvir o triste final dessa historia peço que parem aqui, afinal- vão pensar- é só mais um louco escrevendo sobre romances trágicos e sangue...
Pros corajosos, ou burros e insensíveis que continuarem lendo desejo boa sorte!

Algo chegou a caixa de correio Yuri, Sim, algo chegou eu pensei comigo, então num sono que acabara de se perder com as horas dormindo fui pegar o embrulho, e um vento derrubou uma foto... era a foto de nós Três; E um dor castigou o meu peito, um ronco profundo me fez perceber que havia outra carta idêntica no chão- Uma era pra mim a outra pro Yuri e nelas havia a letra de Lara, então esperei meu dorminhoco amigo acordar para lermos juntos... Na verdade era um pretexto para que aquele sentimento ruim saísse da minha cabeça, mas ele não saiu! E terminamos de ler as cartas antes do telefone tocar, e ainda dar tempo pra um comentário: Yuri, o Yuri me disse, acho que foi a ultima vez que a teremos notícias de Larissa... uma lágrima correu de meus olhos e um caroço desceu na garganta de Yuri. Enfim, antes de falar a notícia que veio do telefone vou reproduzir o que dizia a minha carta, afinal o Yuri até hoje não me deixa ver o que lhe foi dito!

Haha, risada de lei, bonitinho- Afinal não começaria meu ultimo texto de outra forma, Peço-lhe que tome conta do Yuri, e que não chore--não era você o forte, “quase um homem de aço”-- Peço, também que me entenda, foi uma decisão pensada, Você me conhece coração, mais do que o Yuri, mais do que eu mesma, as vezes,( ahh, tá bom via, não me olha assim) sempre... Definitivamente, sua capacidade de me “ler” é incrível. Sua capacidade de amar incondicionalmente , acima de todos os erros, amigo... é fundamental e por isso, passando por cima de tudo, preciso fazer o que é certo... E sem mais delongas, para não te sufocar( ;]) vou direto ao assunto... Vou doar meu coração para uma criança que possuiu meu tipo sanguíneo, raro, eu já vivi demais, estou eternamente apaixonada por alguém que a realidade me separa, com 40 anos, vivendo um romance platônico que não passa de um encontro casual numa andada descontraída pelo calçadão, não há volta, meu amigo, não há... Junto com tua carta, mando também uma para o Yuri, que na tua frente segura o choro, mas que você sabe mutio bem a esta altura já esta chorando! Segure a barra por ele, Te amo!

Meus amigos, parece clichê e a noticia que o telefone trouxe foi: Yuri, segura a barra pelo teu amigo, aqui é a Irmã da Larissa, Angela, lembra? Ela me fez prometer te ligar quando acabace o procedimento, e me fez prometer também encontrar-me contigo quando voltar de viagem, ela tem mais uma carta pra você, que ela quer que entregues para o Yuri assim que ele achar que a superou... Nas palavras dele: Faça-o ver como se fosse um filme que vimos juntos- Totalmente pseudo romântico, mas ele gostava disso- Ps, eu te amo... Bem, beijos então e até logo.
um choro consumiu a ligação, ainda não sei bem se era meu ou da Angela, mas logo percebi que o Yuri não estava mais na sala, então fui correndo ao seu quarto. Sentado num canto da cama ele disse: Te amo, irmão... Não , vai embora vamos conversar... E então mais um ciclo se completo, terminamos o dia falando de nossa infância assim como terminamos o dia em que eles se conheceram conversando sobre nossa infância!

domingo, 3 de abril de 2011

Quantos anjos se levantam pra ver
a morte de um ser em detrimento do viver?
quantos anjos se deitam ao perceber
que aquela alma é só mais uma há morrer?

Diga, oh anjo, que não sabe mais
o que é realmente viver em paz
num céu abarrotado de almas mortas
um céu que, perdido, se enche de histórias remotas

Vivendo a se perguntar:
como pode até mesmo o céu superlotar?
num local, seco, cheios de amarguras e solidão
parece até mesmo o que chamamos de prisão

um presidio onde nos coloca a morte
e alguns, em coragem ou loucura, chamam de sorte
preferiria viver na busca das felicidades terrenas
do que ir conhecer os campos lotados de passados apenas

domingo, 20 de março de 2011

Nem a morte curou

Queria dizer, Oh tempo,
estancar o sangue que sai de mim
num eterno e ígneo momento
escaldar em ardente molho assim

queimando, Oh parte de todo,
parte solitária do mundo enfim
em esquistossomose contato ao seco
doente em fígado perdido ao álcool

me eternizei em palavras fortes
Oh morte, que o morto não volte
desintegre em poeira da terra
alimente os fungos que vivem de tua queda

A morte chegou, a dor não passou
esse sentimento que me maltratou
em tênia que se alimenta do meu fim
roubando, sem perdão, a essência que existe em mim!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Diz que o Dia parou

Diz que o dia parou
e ninguém voltou pra perguntar
se o dia se cansou
de ver o mundo se atacar?

e agora geralmente pra passar
o dia faz, e faz força pra andar
achando que todos vão voltar
a ver, a crer, a tentar amar

Diz que o dia parou
e ninguém se importou em voltar
e perguntar:
se algo estava pra mudar?

simplesmente, resolveram andar
sem mesmo querer acreditar
que existia algo pra mudar
e a relação, meu amor, começou a afundar

Diz que o dia parou
mesmo eu berrando, ninguém escutou
deram ouvidos a loucura
e permaneceram perdendo ternura

andam, e andam sem parar
sem tentar ao menos voltar a enxergar
tentam, e tentando, começam a errar
afinal, sem o dia quem vai viver pra acertar?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Meu dia

Vivo na rotina desse pensamento
entendendo minha realidade num vão momento
sem perder-me em loucuras, entregue a pensamentos
e sempre vivendo, me deixo tomar por tormentos

e assim acordo na verdade do meu ser
acordo, e acordado sigo a viver
a espera de que algo, logo logo, venha a acontecer
e me tire de vez desse eterno: Vou esperar acontecer

me deixo alcançar ao tempo
lento, me perco em meio a antigos sofrimentos
penso, e pensando, pareço a vida editar
caio, como água de cachoeira,sem pensar

nesse respirar pesado ao chorar
o gosto do choro parece começar a me secar
seco, sigo sempre a pensar
que o fogo consome o amor, consome o sonhar

o fogo que no começo sustenta a paixão
transforma a madeira em cinzas, como seu coração
parece clichê tratar de tal emoção
mas não há água que apague, o fogo, quer dizer, a sensação

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O som que dedico á vida

Foi fácil perceber
quando entendi e comecei a escrever
foi como encontrar uma vida dentro de mim
simples e puro, cheio de opostos, como no mundo

então, comecei a cantar
e com o som das novas notas
comecei a amar, a sonhar
sonhando com a vida em perfeita oscilação,
ou será que não?

o importante é que a luta acabou
hoje encontrei minha melodia
encontrei aquilo que eles chamam de som
e é esse o som da minha música,
ou será que não?

Foi fácil perceber
quando entendi e comecei a escrever
foi como encontrar uma vida dentro de mim
simples e puro, cheio de opostos, como na vida

A natureza tenta sempre nos mostrar
onde começa um ciclo e onde o outro deveria acabar
o problema é que destruímos nossa ligação
detonamos toda a relação entre homem e natureza,
ou será que não?

foi necessário errar, e entender que é possível mudar
achar dentro de si a força capaz de tentar,
e aceitar nas horas sinceras um novo jeito de errar
e acertando mais vezes, pois foi esse caminho que decidimos trilhar
e isso não tem porque duvidar

Foi fácil perceber
quando entendi e comecei a escrever
foi como encontrar uma vida dentro de mim
simples e puro, cheio de opostos como no fim

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Linha do tempo

Quando pequeno queria ser bombeiro, mas o vermelho sempre me incomodou - afinal preto e branco foram designados como cores de vida a um botafoguense- Mais tarde decidi que seria músico - ah, me perdoa, mas que criança com o menor talento que fosse, já não quis ter fãns?- depois passei a querer ser um pokemon- mas isso logo, logo, meu pai me fez perceber que era impossível-!
Por volta dos meu 15 anos descobri a filosofia, e com ela descobri tudo que achava que sabia! Confuso? Imagine como era minha cabeça na época, hauhauha; Voltando ao assunto: Então, fui estudar religião, sociologia, com isso Marx e Sidarta entraram na minha vida- passava então a ser um comunista agnóstico com tendências budistas- afinal, o auto-conhecimento que o budismo te gera é algo absurdo! Porem uma dúvida cresceu em mim: como lutar contra uma sociedade capitalista com 15 anos? Acabei por me interessar em medicina - mesmo nunca deixando de lado a filosofia - e fui com a medicina ate vésperas do terceiro ano, e foi nesse momento que pensei: como unir minha vontade de mudar o mundo com a vontade de ajudar o mundo? E, numa conversa tímida com minha mãe ouvi o nome:
"Psicologia":
Entenderia o individuo por sua singularidade, entenderia sua essência em faculdade, e colocaria em prática com maestria aprendizados de uma vida, colocaria em prática idéias de meditações budistas e poderia incrementar relações sociais com ideais marxistas, perfeito!
Sendo assim, em meio a conhecimentos novos e antigos, decidi o final (ou o inicio) da minha vida - na verdade decidi o meio, o meio do caminho, aquilo que indicará o que farei por ultimo em vida - e espero que quando esse dia chegar, tenha ajudado à todos que me procurarem!

Pontos de Partida

Onde começa essa fila?- pergunta um senhor
respondo que começa onde a porta terminou
e ele me olha com certo fervor
prefiro me esconder, sem saber ao certo o que dizer

então meu pensamento resolve acordar:
-onde começa o que deveria acabar?-
e num dialético dialogo,
começo a me confundir:- Ah, esse mal estar-
voltei a conversar comigo mesmo
preciso acordar, parar de viajar, de sonhar
outra voz parece me fazer pensar
-da onde surgiu esse nosso penar?
será que trago um fardo que não sei lidar?
preciso aprender a conversar comigo,
tenho que entender o que é amigo!
sou sozinho, ou escolhi seguir o meu caminho?-

preciso terminar esse poema
pois agora ele esta me fazendo sonhar
e sonhando pra longe vou voar
aos braços daquela tal que jurei amar
O que posso fazer, se não consigo parar,
essa voz na minha mente que não cansa de berrar
dizendo que eu preciso parar de reclamar
e como numa vida de sacrifícios preciso lutar
é meu ponto de partida
minha forma de por no papel toda a rima!

Sinto um cutucar em meu ombro esquerdo
é aquele senhor que me perguntou mais cedo
olho pra ele, parei de sonhar,
como se numa conversar o mundo fosse mudar
ele sorri e diz sem pestanejar:
será que a juventude guarda todo o sonhar?

Não sei responder, fico tentando entender
será que ele está tentando me desmerecer?
ou esta irritado com o fato de viver?
será que ele quer mentalmente me bater?
e então volto a sorrir
digo pra ele que o jovem tem motivo pra existir
assim como os mais velho precisam transmitir
para que os erros de outrora não voltem a se repetir

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Um sentimento bom e ruim

Quando penso entender-me, apronto-me uma armadilha; Quando penso ter superado algo, este algo reaparece e é como se eu voltasse a ser criança... Mas, afinal, como podemos reagir a um sentimento sem tamanho, sem explicação, e o mais difícil, como reagir a um sentimento sem retorno?


A infância é, definitivamente, uma época de opostos ( assim como a adolencência ), para a criança viver é sinonimo de intensamente, paixão é sinonimo de dor e eternidade ( obs: pra mim nunca deixou de ser haha ). Pode ser uma simplificação, um poder de sintese muito grande tratar simplesmente desses dois aspectos em deterioramento dos varios outros que se relacionam a juventude; Entretanto, só ambos acrescentaram a esta história:
Sentimento, as palavras me faltam para falar deste, logo eu que sempre achei tão simples me comunicar, me achar em palavras... Mas esse sentimento é diferente, é algo que consegue me deixar feliz e triste, louco e totalmente normal. Talvez, em sua amplitude, seja o um dos únicos sentimentos que me acompanham desde meus primórdios.
Só que existe um problema, desde novo tal sentimento nunca fora sentido pelos dois, sempre foi uma via expressa de mão única, como se a dona desse meu sentimento respirasse simplesmente aquele ar, mas não precisava sopra-lo de volta... Quando criança pensava que eu era um mar que mandava as ondas pra praia, mas nunca recebia nada em troca, pelo contrário as vezes recebia derramamento de petróleo e esgoto. E vivia naquele intenso vai e vem, sempre achava que teria uma nova chance, que poderia faze-la sentir o que sentia, mas sempre me derrubavam com uma realidade cruel para uma criança... Ouvir de seu "primeiro amor" um não? Ah, mas isso fugia de todos os filmes americanos, fugia de todos os livros de criança, todos os romances de banca de jornal... Não ser correspondido, em termos piegas, era não merecer aquele sentimento; E ao perceber isso, começou meu longo trajeto de esquecimento.
Porem, depois de algum tempo sem ve-la, o rencontro me fez perceber que o trajéto fora de ilusão, fora de imposição e não de esquecimento!


Boa noticia;
Eu sou incapaz de me livrar de um sentimento bom e ruim... ou o sentimento é bom e eu preciso esquece-lo ou é ruim e preciso supera-lo... Agora, se ele é os dois, meu coração não me permite esquecer! Trájico, ou surreal, complexo ou louco... Não importa, o que importa é que eu não sei lidar com isso!