sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Anjo, água doce

Foi você que me ensinou a ser
foi você. Anjo, água doce, que me ensinou a ver,
mas desaprendi a ler,
anjo, se lembra, foi você que me ensinou a ler
e desaprendi a ver e a nunca mais amar alguém como você
que me ensinou esse meu jeito de ser, mas não me ensinou a te esquecer

e partiu, pra você: o “eu” nunca existiu
tento, lento, caminhar contra esse vento
vento de coisas que me preocupam, que preocupam o sofrimento
o mundo tava errado, mas você o acertava
e agora eu vejo, todo o talento, perdido nesse momento

você foi, e partiu meu sentimento
lembra, folhas do tempo, foi você que me ensinou a ter talento
foi embora, foi embora, como morte fulminante, e agora não volta pra mim
assim, assim, tentando pensar mais em mim, anjo, água doce!

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