quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pontos de Partida

Onde começa essa fila?- pergunta um senhor
respondo que começa onde a porta terminou
e ele me olha com certo fervor
prefiro me esconder, sem saber ao certo o que dizer

então meu pensamento resolve acordar:
-onde começa o que deveria acabar?-
e num dialético dialogo,
começo a me confundir:- Ah, esse mal estar-
voltei a conversar comigo mesmo
preciso acordar, parar de viajar, de sonhar
outra voz parece me fazer pensar
-da onde surgiu esse nosso penar?
será que trago um fardo que não sei lidar?
preciso aprender a conversar comigo,
tenho que entender o que é amigo!
sou sozinho, ou escolhi seguir o meu caminho?-

preciso terminar esse poema
pois agora ele esta me fazendo sonhar
e sonhando pra longe vou voar
aos braços daquela tal que jurei amar
O que posso fazer, se não consigo parar,
essa voz na minha mente que não cansa de berrar
dizendo que eu preciso parar de reclamar
e como numa vida de sacrifícios preciso lutar
é meu ponto de partida
minha forma de por no papel toda a rima!

Sinto um cutucar em meu ombro esquerdo
é aquele senhor que me perguntou mais cedo
olho pra ele, parei de sonhar,
como se numa conversar o mundo fosse mudar
ele sorri e diz sem pestanejar:
será que a juventude guarda todo o sonhar?

Não sei responder, fico tentando entender
será que ele está tentando me desmerecer?
ou esta irritado com o fato de viver?
será que ele quer mentalmente me bater?
e então volto a sorrir
digo pra ele que o jovem tem motivo pra existir
assim como os mais velho precisam transmitir
para que os erros de outrora não voltem a se repetir

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