sábado, 6 de agosto de 2011

O sentimento e a Linguagem:

Eu a olhei, meio incrédulo, meio cético demais; E ao perceber que olhando pra ela significado algum vinha a minha mente, forcei-me a significado dar.
Afinal como olhar pra tão divina situação e de todas as coisas que passaram por minha mente, nenhuma me trouxe o conceito para aquilo tudo? E nessa indefinição fiquei por longos e longos dias, até que, sem pensar, a vontade de dar significado caiu, mas continuava e só aumentava a vontade de olha-la todos os dias.
E a olhava quieto, olhava por alto sem dizer uma palavra que lhe contasse minhas vontades e minhas indefinições, alguns me diziam que eu tinha a incrível capacidade de me deixar apaixonar, e criaram significado pra algo que não havia, e continuava sem haver, entretanto aquela certeza de tais pessoas me fez voltar a pensar no significado disso tudo. E coloquei-me a estudar: Comecei por paixões de romance; Vindo desde fracassos machadianos até amores utópicos da ficção Russa, porem nenhum deles me dizia o porque de ainda não achar o procurado significado, então comecei a estudar linguagem passei por Foucault e Nietzsche, passei por Aristóteles e o principio do simbolismo, então achei o que procurara; O ser humano, enquanto ser, perdeu a essência dos sentimentos e do espanto; A medida que em visualizar as coisas, as imagens e as belezas atribuiu a elas palavras e pré-conceitos.
Sendo assim, achei beleza em não haver significado pra tais acontecimentos e me deixei levar sempre me surpreendendo por cada brecha, por cada sorriso e por cada briga.
Afinal não havia nome pra dar, atitudes a tomar.
Quando estava com ela, só restava há nós dois algo que ao crescer só gerava mais espanto e mais vontade de continuar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário